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Pioneiro em Implante Coclear no interior do Paraná
Desde 2009, o Hospital Otocentro realiza a cirurgia mais avançada para recuperar a audição de pacientes
A primeira cirurgia de implante coclear no interior do Paraná foi realizada com sucesso em Londrina em novembro de 2009 no Hospital Otocentro, que contou com o apoio do corpo clínico do Hospital Iguaçu, de Curitiba, local onde foi realizado o primeiro implante do gênero no Paraná.
Segundo o coordenador da equipe de implantes do Otocentro, o otorrinolaringologista Orley Ferraz, o procedimento é indicado para pessoas que possuem perda auditiva de grau severo a profundo, ou seja, aquelas que não se beneficiam com o uso de aparelhos auditivos convencionais.
O equipamento, mais popularmente conhecido por ‘ouvido biônico’, é composto de duas partes: uma unidade interna e outra externa. A interna (receptor/estimulador) é implantada na cóclea (orelha interna) do paciente por meio de uma cirurgia que tem duração aproximada de duas horas. Esta unidade possui um feixe de eletrodos que tem a mesma função da cóclea de transformar as vibrações de sons em sinais elétricos para que sejam captados por nervos auditivos e levados ao cérebro para interpretação. Este processador é posicionado debaixo da pele atrás da orelha e é composto por uma antena e um imã que servirá para a conexão com a unidade externa.
Após cerca de um mês da cirurgia, é ativada a unidade externa (processador de fala), equipamento semelhante aos aparelhos auditivos convencionais. O microfone desta unidade capta o som do meio ambiente e o transforma em sinais elétricos, que são enviados por meio de radiofreqüência para o processador da fala. Eles são codificados e transmitidos por uma antena externa diretamente para a unidade implantada na cabeça do paciente. O receptor capta e estimula as fibras do nervo auditivo através dos eletrodos. Assim, o cérebro detecta os sinais, entendendo e traduzindo os sons.
Orley Ferraz salienta que durante o período pré e pós-operatório, o paciente deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogas e otorrinolaringologistas. Sua perfeita reabilitação depende deste atendimento. “Para quem nunca ouviu, a reabilitação é similar ao processo de aprendizagem de uma criança que está começando a falar. Ela precisa aprender a dar significado aos sons que passa a escutar”, conclui o médico.